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Taxa de Banco


Nem faz tanto tempo assim, eu comecei a dar mesada aos meus filhos. E numa destas conversas educativas sobre o dinheiro, minha filha, de então 10 anos me perguntou: "Papai, qual a diferença entre crédito e débito?". Sim, ela ainda me chama de papai e eu acho sensacional o carinho.


Eu expliquei resumidamente a ela, que no débito, era como se você tivesse o dinheiro ali naquele momento, para uso. Era a mesma coisa que se tirasse algumas notas da carteria e fizesse um pagamento. O crédito, é um dinheiro que você não tem ainda filha, eu falei. Vamos supor que você queria comprar uma boneca e não tenha dinheiro naquele momento, bom então, é como se você fizesse um empréstimo e depois parcelasse o pagamento de um jeito que você acha que consegue pagar! Ela entendeu e disse: "Papai, então nunca vou querer comprar no crédito!". Eu disse: "Tomara filha, tomara que você sempre tenha dinheiro para pagar tudo a vista!". Respeitei a doçura do momento entre pai e filha e encerrei por ali. Deixei ela com a simplicidade do universo infantil sobre finanças e segui a vida.


Vira e mexe, quando estou no Facebook explicando sobre Construção Financiada aparece um adepto do débito. Eles me tratam como um verdadeiro demônio a ser exorcizado! A entoação é mais ou menos deste jeito:"Para de dar dinheiro para banco! Economiza nem que sejam R$ 200,00 por mês do seu salário e faça sua obra!".


Puxa, como eu queria que realmente fosse assim. É o universo da minha filha de 10 anos, sento entoado por pessoas de 20, 30, 40, 60 anos... em alta voz! Bradado como se eu mesmo tivesse inventado o capitalismo e como as bandas tocam por aqui (Brasil!). Eu queria mesmo é que todo o brasileiro tivesse condições dignas de moradia e um direito a elas. Mas, com R$ 200,00 por mês, por maior esforço que a pessoa faça, ela não vai atingir o sonho dela tão cedo! E aqui entra o dilema da minha filha novamente: débito ou crédito?


A grande vantagem do débito é o não dever nada a ninguém! Esta parte de dormir com a cabeça tranquila é inegável! Você está quitado. A grande desvantagem é que começa se ganhando muito pouco no começo da vida, e quando começa a ficar um pouco mais interessante, sobra pouca vida!


Em termos da sua casa, não precisa ser assim! Você vai financiar uma construção em 30 ou 35 anos, mas vai começar a pagar quando estiver pronta, ou seja, você já vai estar usufruindo do bem. Será uma casa nova, material novo, sem vícios construtivos, fiscalizada pela engenharia da Caixa. Imagina o quanto sua construção vai valorizar ao longo de 30 anos? Pode ser que valorize até 100% do início dela até estar completa (leia mais). E se você for investir então, pode ser que o próprio aluguel do imóvel cubra boa parte da sua parcela.


No outro cenário, vai ajuntar um dinheiro suado, vai demorar mais, vai gastar mais no decorrer da obra com imprevistos, vai ter dor de cabeça com mão de obra, talvez você tenha que vir a morar dentro da sua própria obra! Eu respeito. Do fundo do coração respeito. Mas financiaria, sem medo de taxa de banco!


Vou te dar uma última informação para pensar: você sabia que o financiamento da Caixa Econômica é assegurado pela própria Caixa? Em caso de invalidez ou morte, sua dívida para com a Caixa é quitada. Isso mesmo. Sua família não será despejada, seus filhos não contrairão sua dívida, enfim, o imóvel é da sua família! No outro caminho quando muito, os filhos herdarão suas dívidas, e terão uma obra inacabada de uma casa onde não moraram, não tiveram momentos felizes, para terminar.


Vamos simular seu financiamento?




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